terça-feira, 30 de agosto de 2016

Bolívia vai retirar embaixador do Brasil se Dilma for impedida

Em nota no Twitter, o presidente Evo Morales escreveu hoje que, "se prospera o golpe parlamentar contra o governo democrático de Dilma Rousseff, a Bolívia convocará seu embaixador. Defendamos a democracia e a paz", informou o jornal boliviano La Razón.

A retirada do embaixador José Kinn Franco seria um gesto usado com frequência para manifestar descontentamento nas relações diplomáticas. Morales também pode pedir explicações ao embaixador brasileiro em La Paz.

Uma resposta mais dura seria rebaixar as relações bilaterais, retirando o embaixador permanentemente, um passo antes do rompimento de relações diplomáticas.

Morales já havia se manifestado ontem contra o processo de impeachment: "O único juiz que pode sancionar sua conduta política é o povo, os outros cumprem o vergonhoso encargo do Império. Força, Dilma!"

Morales faz parte da ala mais radical do chavismo, que vê todos os problemas da América Latina como conspirações do imperialismo americano. Como o Partido dos Trabalhadores, está preso na armadilha ideológica da Guerra Fria.

Nas relações com o Brasil, além de ocupar militarmente a estatizar instalações da Petrobrás na Bolívia, Morales negou salvo-conduto ao senador boliviano Roger Pinto Molina, refugiado na embaixada brasileira em La Paz. Um diplomata brasileiro retirou pessoalmente o senador do país e o trouxe para o Brasil, gerando uma crise entre os dois países.

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