segunda-feira, 6 de junho de 2016

Sindicatos britânicos pedem a trabalhadores que votem pela UE

A 17 dias da realização do referendo sobre a permanência ou saída do país da União Europeia, os líderes dos maiores sindicatos do Reino Unido pediram a seus 6 milhões de associados que votem a favor da Europa, alegando que fora do bloco um governo conservador poderia retirar direitos dos trabalhadores.

Os sindicatos citam explicitamente o direito de pais e mães poderem se afastar do trabalho depois do nascimento de um filho sem desconto de salário e igualdade de tratamento para empregados em tempo integral, meio turno e terceirizados.

Em carta ao jornal esquerdista The Guardian, dez líderes sindicais argumentaram que os claros benefícios sociais e culturais em fazer parte da UE superam e muito qualquer benefício decorrente do isolamento do país.

"Durante os anos 1980s e 1990s, o movimento sindical britânico trabalhou em solidariedade com nossos companheiros europeus e lutou bravamente para garantir importantes direitos sociais na legislação europeia", diz a carta.

"Até hoje, estes direitos - inclusive licença-maternidade e licença-paternidade, direitos iguais para trabalhadores em tempo integral, meio turno ou terceirizados e direito a férias - continuam a sustentar e proteger os direitos trabalhistas do povo britânico", acrescentam os líderes sindicais.

"Se o Reino Unido deixar a UE, não temos dúvidas de que estas proteções sofrerão grande ameaça. Apesar das alegações em contrário de figuras como Iain Duncan Smith e Michael Gove, os conservadores negociariam a saída, acreditamos, rifariam nossos direitos. Nós simplesmente não confiamos neste governo, se tiver uma oportunidade de atacar nossos direitos trabalhistas sem restrições nem controles."

No momento, a pesquisa das pesquisas, que faz a média de diferentes sondagens, dá uma pequena vantagem de 51% a 49% para os partidários da saída da UE, apesar das previsões econômicas catastróficas feitas por países aliados, grandes empresas e até mesmo o atual governo conservador do primeiro-ministro David Cameron.

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