sábado, 18 de junho de 2016

Partido Socialista convoca eleição primária na França

Em acordo com o Palácio do Eliseu, o Conselho Nacional do Partido Socialista convocou hoje a realização de uma eleição primária da coalizão Bela Aliança para escolher o candidato à eleição presidencial de 2017. Para o jornal Le Monde, é uma "manobra tática" feita sob medida para legitimar a candidatura à reeleição do presidente François Hollande.

Com apenas 14% de popularidade, Hollande teria assim uma oportunidade de entrar logo na campanha. A Frente de Esquerda já relançou Jean-Luc Mélenchon para tentar galvanizar as forças de esquerda anti-Hollande e anti-PS.

Ao fazer o anúncio, o primeiro-secretário do PS, Jean-Christophe Cambadélis, observou que comunistas e parte dos verdes se recusaram a participar de uma eleição prévia com o presidente da República. A coligação governista Bela Aliança reúne socialistas, o Partido Radical de Esquerda e a União dos Democratas e Ecologistas.

As candidaturas devem ser oficializadas de 1º a 15 de dezembro de 2016. A eleição primária será realizada em dois turnos, em 22 e 29 de janeiro de 2017.

A eleição presidencial está marcada para 23 de abril e 7 de maio. No momento, as pesquisas indicam que o PS ficaria fora do segundo turno, como aconteceu em 21 de abril de 2002, quando o líder da extrema direita, Jean-Marie Le Pen, superou o então primeiro-ministro socialista Lionel Jospin e foi para o segundo turno com o então presidente Jacques Chirac.

Agora, a neofascista Marina Le Pen, filha de Jean-Marie, iria para o segundo turno contra o candidato do partido Os Republicanos, de centro-direita, onde os favoritos são o ex-primeiro-ministro Alain Juppé e o ex-presidente Nicolas Sarkozy. Se a líder da Frente Nacional chegar na frente, será mais um choque na política francesa.

Na última pesquisa sobre a eleição primária republicana, marcada para 20 e 27 de novembro de 2016, publicada pela revista Paris Match, Sarkozy liderava com 54% contra 28% para Juppé, 9% para o ex-primeiro-ministro François Fillon e 7% para Bruno Le Maire.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, a opção sempre será será pelo menos pior, Hollande viu a oportunidade de fazer os franceses terem que escolher entre um porrete de extrema-direita, ou um porrete de direita ou ele!!! no fim de tudo, sempre temos que escolher pelo menos pior!!!

Nelson Franco Jobim disse...

No segundo turno, a alternativa é sempre o mal menor, mas as opções são tão pobres que já no primeiro turno os franceses devam partir para o voto útil.