sexta-feira, 6 de maio de 2016

Presidente da Câmara dos EUA nega apoio a Trump

Em uma rejeição ao provável candidato do Partido Republicano à Casa Branca, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, deputado Paul Ryan, declarou ontem que "não está pronto" para apoiar Donald Trump. Primeiro, quer que o bilionário una o partido.

Como o republicano com o mais alto cargo nos EUA, Ryan é o segundo na linha de sucessão do presidente e será o presidente da Convenção Nacional Republicana, marcada para 18 a 21 de julho em Cleveland, no estado de Ohio.

Durante entrevista à televisão americana CNN, o presidente da Câmara declarou querer "um porta-bandeira que carregue nossas bandeiras". Nas eleições primárias do partido, Trump insultou as mulheres, os latinos, os muçulmanos, o México e a China, entre outros alvos.

Quando o magnata imobiliário propôs impedir temporariamente a entrada de muçulmanos nos EUA, o presidente da Câmara protestou: "Isto não é conservadorismo. O que foi proposto ontem não é o que nosso partido e, mais importante, o nosso país defendem", declarou Ryan em dezembro.

"Penso que os conservadores querem saber: ele compartilha nossos valores e princípios sobre governo limitado, o papel adequado do Executivo e adesão à Constituição?", questionou Ryan. "Acredito ser necessário unificar o partido, e penso que a maior parte desta tarefa cabe ao provável candidato."

Trump reagiu meia hora depois, dizendo: "Não estou pronto para apoiar a agenda de Ryan." E acrescentou: "Talvez no futuro possamos trabalhar juntos e chegar a um acordo sobre o que é melhor para o povo americano. Ele tem sido tratado tão mal por tanto tempo que é hora dos políticos o colocarem em primeiro lugar."

Depois dos violentos ataques ao ex-governador da Flórida Jeb Bush, os ex-presidentes George Herbert Walker Bush e George Walker Bush, pai e irmão de Jeb, anunciaram que não vão apoiar Trump sob hipótese alguma.

Haveria inclusive uma conspiração em marcha articulada pela cúpula do Partido Republicano para lançar um candidato conservador independente que roube votos de Trump à direita, impedindo sua vitória em 8 de novembro.

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