quarta-feira, 18 de maio de 2016

Maduro ameaça Assembleia Nacional por rejeitar estado de emergência

Depois da rejeição de seu novo decreto de estado de emergência, o presidente Nicolás Maduro ameaçou a Assembleia Nacional da Venezuela: "Perdeu a vigência política. É uma questão de tempo para que desapareça", informa o correspondente da Folha de São Paulo, Sami Adghirni.

Os deputados alegaram que a medida só agravaria a crise econômica do país. Maduro quer usar o decreto para intervir em empresas privadas do setor de alimentos e se defender da tentativa da oposição de convocar um referendo para revogar seu mandato presidencial.

O líder da oposição, o governador Henrique Capriles, derrotado por pequena margem na eleição presidencial de 2013, instou a população a ignorar o estado de emergência: "Este é um decreto inconstitucional e Maduro não está acima da Constituição. Se Maduro quer aplica este decreto, deve preparar os tanques para a guerra.

Com uma depressão econômica, inflação prevista para chegar a 720% neste ano e desabastecimento generalizado, a Venezuela enfrenta a pior crise econômica da história, consequência das desastrosas políticas do "socialismo do século 21" do finado caudilho Hugo Chávez. Mas o regime chavista insiste em atribuir a culpa a conspirações domésticas e internacionais.

Hoje uma grande manifestação de protesto exigiu que o Conselho Nacional Eleitoral decida logo sobre o pedido inicial de convocação do referendo revogatório, mas foi impedida pela Guarda Nacional Bolivarista de chegar ao centro de Caracas e dispersada com bombas de gás lacrimogênio.

Nenhum comentário: