segunda-feira, 30 de maio de 2016

Ex-ditador pega prisão perpétua por crimes contra humanidade

O ex-ditador do Chade Hissène Habré foi condenado hoje por um tribunal especial apoiado pela União Africana instalado no Senegal por crimes contra a humanidade, inclusive escravidão sexual e o assassinato de 40 mil pessoas durante seu governo, de 1982 a 1990.

"Este é um dia histórico para o Chade e para a África, declarou Yamassum Konar, representante de um grupo de vítimas, à televisão pública britânica BBC. "Pela primeira vez um chefe de Estado africano é condenado em outro país. É uma lição para todos os ditadores da África."

A União Africana se opôs ao julgamento de líderes africanos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), acusado de ser um tribunal para punir governantes de países da periferia. É a favor de um tribunal africano para julgar os africanos.

Habré tomou o poder num golpe militar em 7 de junho de 1982 e foi deposto em outro, pelo coronel Idriss Déby, em 1º de dezembro de 1990. Por sua brutalidade, ficou conhecido como o "Pinochet africano", referência ao ditador do Chile de 1973 a 1990.

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