quinta-feira, 14 de abril de 2016

Justiça dos EUA levanta restrições financeiras à Argentina

A Justiça Federal dos Estados Unidos suspendeu as restrições financeiras impostas à Argentina para que o país possa pagar os últimos credores que ainda não haviam renegociado os títulos caloteados na moratória de dezembro de 2001, informou o jornal El Cronista.

O ministro das Finanças, Alfonso Prat-Gay, anunciou que o pagamento será feito em 22 de abril de 2016.

É o fim da moratória de dívidas de US$ 93 bilhões, decretada quando entrou em colapso a dolarização introduzida pelo presidente Carlos Menem (1989-99). Depois de quase 15 anos, a Argentina volta plenamente ao mercado financeiro internacional.

"É um passo a mais em direção à normalidade e ao desenvolvimento que a Argentina merece", declarou o ministro das Finanças. "A Argentina já pode pensar no futuro, em criar empregos e oferecer bem-estar a seus cidadãos."

Prat-Gay anunciou um lançamento de bônus no valor de US$ 15 bilhões na segunda-feira, 18 de abril. Assim, o país terá dinheiro para honrar o novo acordo para acabar com a moratória.

Em duas rodadas de renegociação concluídas em 2005 e 2010, 93% das títulos caloteados foram trocados por outros com prazos mais longos e uma redução do valor nominal de 25% a 35%.

Uma minoria nunca aceitou a queda no valor da face e títulos no valor de US$ 1,3 bilhão foram comprados por fundos especulativos que entraram na Justiça dos EUA para impedir a Argentina de cumprir os compromissos de sua nova dívida enquanto não honrasse as dívidas em poder dos fundos abutres.

Como o governo Cristina Kirchner se negou a pagar, a Argentina voltou a entrar em moratória. Com a decisão de hoje, a Argentina volta a ser um país normal.

3 comentários:

Anônimo disse...

a negociação rápida com os fundos abutres e outros credores com a visita de Obama à Argentina me fez desconfiar de que existe alguma ´coisa´ a mais nesta história. Essa ´coisa` é uma estação espacial chinesa no sul da Argentina que, com toda certeza, interessa aos norte-americanos e que poderia classificar a Argentina como interesse do estado EUA. se isso acontecesse o juiz Griesa engavetaria o processo dos abutres, e estes deviam ter alguma informação para finalizar tão rápido esses processos. a viagem de Obama foi a dica.

Nelson Franco Jobim disse...

Por princípio, não acredito em teorias conspiratórias, a não ser que me apontem indícios concretos. Não acredito que o mundo seja regido por uma conspiração americana. É uma teoria simplista.

Anônimo disse...

Veja na BBC Brasil: a misteriosa base que a China está construindo na Patagônia Argentina.