terça-feira, 19 de abril de 2016

Hillary e Trump vencem eleições primárias em Nova York

A ex-secretária de Estado Hillary Clinton e o magnata imobiliário Donald Trump conquistaram vitórias expressivas hoje as eleições primárias do estado de Nova York na luta para obter as candidaturas, respectivamente, dos partidos Democrata e Republicano à Casa Branca em 2016.

Com 94% dos votos apurados, no Partido Democrata, Hillary lidera com 57,9% dos votos contra 42,1% para o senador socialista Bernie Sanders, informa a televisão americana CNN.

Para ganhar mais delegados, ela precisa de uma ampla vantagem. Se tiver 55% dos votos no fim da apuração, ganha metade dos delegados e Sanders a outra metade.

No Partido Republicano, com 93% dos votos contados, Trump vence com 60% contra 25,2% para o governador de Ohio John Kasich, enquanto o senador ultraconservador texano Ted Cruz, segundo colocado na disputa interna do partido até agora, levou apenas 14,8%.

Num dos debates na TV, Cruz acusou Trump de ser um porta-voz de "valores nova-iorquinos". Isso foi interpretado como uma crítica conservadora ao liberalismo da maior cidade dos Estados Unidos, tolerante com o homossexualismo e outras questões que são tabus para um evangélico ultraconservador do Texas.

Antes das primárias de Nova York, Trump martelou essa questão várias vezes para caracterizar Cruz como antinova-iorquino, com sucesso. Ao não conquistar nenhum delegado ontem, o senador texano não pode mais atingir o total de 1.237 delegados exigido para garantir a indicação.

Nem Cruz nem Kasich parecem ter condições de ganhar de Trump em número de delegados. A conselho da cúpula republicana, trabalham para negar ao bilionário os 1.237 delegados que garantiriam a indicação na convenção nacional do partido, marcada para 18 a 21 de julho em Cleveland, no estado de Ohio.

Se Trump não levar na primeira votação, o partido deve apontar outro candidato com melhores condições de enfrentar Hillary Clinton numa eleição geral. Neste caso, o magnata ameaça lançar uma candidatura independente que dividiria o voto conservador facilitando, em princípio, a vitória da provável candidata democrata.

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