sexta-feira, 29 de abril de 2016

Coreia do Norte condena americano a dez anos de trabalhos forçados

O regime comunista da Coreia do Norte condenou um coreano naturalizado americano a dez anos de prisão com trabalhos forçados por "subversão" e "espionagem", informou hoje a agência oficial de notícias chinesa Nova China.

Kim Dong Chul nasceu na Coreia do Sul há 62 anos e se tornou cidadão dos Estados Unidos em 1987. Pouco se sabe sobre o caso. Preso em outubro de 2015 por espionagem, ele foi apresentado a repórteres na capital no mês passado. Na ocasião, confessou publicamente ser espião sul-coreano em busca de segredos militares da Coreia do Norte e encarregado de difundir ideias religiosas, crimes "imperdoáveis" para a ditadura stalinista.

O coreano-americano pegou uma sentença menor do que os 15 anos de cadeia de Otto Wambier, um estudante de 21 anos da Universidade da Virgína condenado no mês passado por subversão "de acordo com a política hostil do governo dos EUA" em relação à Coreia do Norte.

Dentro da chantagem atômica que o regime stalinista de Pionguiangue faz com os EUA e seus aliados no Leste da Ásia, ameaçando desenvolver armas nucleares para barganhar ajuda em energia e alimentos, a ditadura norte-coreana passou a prender americanos para usá-los como moeda de troca no jogo diplomático.

Os ex-presidentes Jimmy Carter e Bill Clinton viajaram a Pionguiangue para negociar a libertação de americanos. As visitas foram apresentadas ao público local como provas da força e do prestígio da Coreia do Norte.

Além desses dois americanos, há três sul-coreanos e um pastor coreano-canadense detidos atualmente pela ditadura de Kim Jong Un. O pastor Lim Hyeon Soo cumpre pena de prisão perpétua por subversão.

Nenhum comentário: