quarta-feira, 30 de março de 2016

Colômbia inicia negociações de paz com o ELN

Enquanto pressiona as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) a marcar uma data para um acordo de paz definitivo, o governo colombiana anunciou hoje o início das negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), o segundo maior grupo guerrilheiro do país, informou a Rádio Caracol.

As negociações serão realizadas no Equador, com o Brasil, o Chile, Cuba e a Venezuela como facilitadores. Se assinar a paz com as FARC e o ELN, a Colômbia terá praticamente encerrado uma era de guerras civis contra movimentos guerrilheiros de esquerda.

Pouco depois do anúncio, o presidente José Manuel Santos declarou que são negociações distintas com um objetivo único, o fim do conflito, noticiou o jornal El Espectador. Santos deixou claro que os modelos político e econômico, e o regime de propriedade privada, não serão discutidos, mas, sim, a paz e a reintegração dos guerrilheiros à sociedade civil.

Várias regiões onde hoje há atividades guerrilheiras serão abertas à exploração de gás e petróleo, à mineração e à agricultura. Por outro lado, há uma expectativa de que guerrilheiros se envolvam em atividades criminosas como tráfico de drogas, sequestro e extorsão, a exemplo do que aconteceu na América Central.

As negociações com as FARC, realizada em Havana, estão em fase final. Deveriam ter sido concluídas há uma semana. O presidente Santos quer fechar um acordo definitivo com o ELN até o fim de seu segundo mandato, em 17 de agosto de 2018.

Se o ELN foi desmobilizado, a criminalidade tende a crescer nos departamentos de Arauca e Norte de Santander, junto à fronteira com a Venezuela.

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