quinta-feira, 10 de março de 2016

BCE anuncia novos estímulos na Zona do Euro

Para combater a deflação e a estagnação nos 19 países da União Europeia que usam o euro como moeda, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu a zero hoje sua taxa básica de juros e aumentou para 80 bilhões por mês a compra de títulos no mercado financeiro para colocar mais dinheiro em circulação.

A taxa de depósito, que os bancos pagam para guardar suas reservas no BCE, passou da 0,3% para 0,4% ao ano. Normalmente, os bancos centrais pagam por isso. No momento, o BCE adota uma taxa de depósito negativa, que foi de -0,3% para -0,4%.

Assim, os bancos pagam para depositar o dinheiro no banco central. O objetivo é que ofereçam mais crédito no mercado. A taxa básica estava em 0,05%, praticamente zerada.

Depois de cair para US$ 1,08, o euro se recuperou, quando o presidente do BCE, o italiano Mario Draghi, declarou os juros ficarão baixos por longo prazo e podem cair ainda mais. Fechou acima de US$ 1,12, a maior cotação em três semanas. A Bolsa de Frankfurt chegou a subir 3%. Fechou em alta de 2,3%. A Bolsa de Paris avançou 2,57%.

Sob pressão da disciplina fiscal imposta pela Alemanha, o BCE foi o último dos grandes bancos centrais do mundo a comprar papéis no mercado financeiro para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação. É um incentivo monetário possível quando as taxas de juros estão perto de zero.

O produto interno bruto da Zona do Euro ainda não superou o nível anterior à Grande Depressão de 2008-9. Seu baixo crescimento é atribuído aos juros baixíssimos e à queda nos preços do petróleo, já que seus países são importadores.

Nenhum comentário: