domingo, 27 de março de 2016

Atentado suicida em parque mata 72 pessoas no Paquistão

Pelo menos 72 pessoas morreram e outras 300 saíram feridas hoje quando um homem-bomba se detonou num parque de diversões onde crianças brincavam de balanço na cidade de Lahore, no Paquistão, no fim do Domingo de Páscoa. Um grupo dissidente dos Talebã do Paquistão chamado Jamaatul Ahrar assumiu a autoria do atentado.

Os alvos seriam famílias cristãs que festejavam a Páscoa. Os cristãos são apenas 2% da população paquistanesa, de 182 milhões de habitantes.

"Parece que estamos numa guerra", descreveu o porta-voz da polícia local, Haider Ashraf. "Este era um alvo fácil, inocentes, mulheres e crianças foram atingidos."

Lahore, terra natal do primeiro-ministro islamita moderado Nawaz Sharif, é a capital da província do Punjab, a região mais populosa do Paquistão. Vinha sendo poupada dos ataques terroristas.

O Exército do Paquistão estimulou a proliferação de milícias extremistas muçulmanas para usá-las na guerra indireta contra a Índia, inimiga histórica, e também para intervir no vizinho Afeganistão. A milícia dos Talebã (Estudantes), que governou o Afeganistão de 1996 a 2001, foi criada com o apoio do serviço secreto militar paquistanês.

Mesmo depois da morte da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto num atentado terrorista em 27 de dezembro de 2007, quando ela fazia campanha para voltar ao poder, e da tentativa de matar seu marido, o então presidente Assif Ali Zardari, em outro, contra o Hotel Marriott, em 20 de setembro de 2008, o Exército do Paquistão reluta em atacar os jihadistas de frente.

Em 16 de dezembro de 2014, sete terroristas dos Talebã do Paquistão atacaram uma escola frequentada por filhos de militares, matando 141 pessoas, sendo 132 estudantes. Todos os terroristas foram mortos e outros quatro condenados por pertencer ao grupo foram enforcados.

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