quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Epidemia de zika pode atingir 4 milhões, adverte OMS

A epidemia causada pelo vírus zika, responsável por 4 mil casos de microcefalia no Brasil, "se propaga explosivamente" e pode atingir 4 milhões de pessoas no mundo inteiro só neste ano, advertiu hoje a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, citada pela agência Reuters.

O vírus zika foi detectado pela primeira vez na África em 1947. Teria chegado ao Brasil no ano passado, onde é transmitido pelo mosquito-tigre, de nome científico Aedes aegypti.

Em novembro de 2015, uma médica de Campina Grande, na Paraíba, concluiu que o zika é responsável por uma explosão de casos de microcefalia, o subdesenvolvimento do cérebro de fetos de mães infectadas pelo vírus. Ele também pode provocar a Síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune em que as defesas do organismo atacam o sistema nervoso causando paralisia.

Com o carnaval e a Olimpíada do Rio, a notícia provocou alarme internacional e deve prejudicar o turismo no Brasil. O governo mobilizou 220 mil soldados das Forças Armadas para combater o mosquito.

Hoje, a epidemia de zika atinge 22 países da América Latina e do Mar do Caribe. Deve chegar a todo o continente, menos ao Canadá e ao Chile, depois do inverno no Hemisfério Norte. Os estados do Sul dos Estados Unidos, como Flórida, Louisiana e Texas, onde há enormes pântanos, devem ser afetados.

Na próxima semana, a OMS decide se vai declarar emergência de saúde pública. Na última grande epidemia, do vírus ebola, na África Ocidental, em 2014, a OMS vai acusada de hesitar antes de adotar a medida, que aumenta a ajuda internacional aos países infectados.

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