sábado, 19 de dezembro de 2015

Brasil veta embaixador designado por Israel

Depois de chamar o Brasil de "anão diplomático", o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indicou em 5 de agosto um novo embaixador em Brasília, Dani Dayan, rejeitado pelo governo Dilma Rousseff por ser líder dos colonos assentados ilegalmente nos territórios árabes ocupados. O prazo-limite é o Natal, revelou na semana passada o jornal The Times of Israel.

A nomeação de Dayan foi elogiada até mesmo pelo Partido Trabalhista, de esquerda, favorável a uma paz negociada com a criação de um Estado Nacional para o povo palestino, com a retirada israelense dos territórios árabes ocupados na Guerra dos Seis Dias, em

Imediatamente, no Brasil e em Israel, começou um movimento para pressionar o governo brasileiro a rejeitar a indicação. Em 20 de setembro, o mesmo jornal noticiou que a presidente Dilma Rousseff vetou Dayan, que tivera a nomeação aprovada pelo governo em 6 de setembro.

"O Brasil não vai aceitar Dayan", comentou anonimamente um ex-diplomata israelense. "Eles não nos deram nenhuma resposta, o que significa que esperam que a gente entenda a mensagem por nós mesmos. Para o Brasil, é um escândalo que mande um líder dos colonos como embaixador."

Desde a indicação, Dayan estuda português e mantém contato com organizações judaicas e parlamentares brasileiros. Terá tempo de sobra para aprender a língua, mas talvez não tenha onde usá-la.

Nenhum comentário: