terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Barril do petróleo cai brevemente abaixo de US$ 35

Com a volta do Irã a um mercado internacional de petróleo com excesso de oferta de grandes produtores como Arábia Saudita, Estados Unidos e Rússia, o barril do tipo Brent, do Mar do Norte, padrão da Bolsa Mercantil de Londres, caiu até US$ 36,33 por barril, abaixo dos US$ 36,61 de dezembro de 2008, mas fechou em US$ 37,92. Nos EUA, o petróleo tipo West Texas Intermediate, padrão da Bolsa Mercantil de Nova York, chegou a ser vendido a US$ 34,53. Fechou em US$ 36,31.

As duas cotações caíram mais de 10% na semana passada. Os analistas esperam que nos próximos dias, o petróleo teste os mínimos desde 2008 e 2004. Se o Congresso dos EUA levantar a proibição de exportar petróleo, as duas cotações poderiam se aproximar. 

O gás natural também caiu com a baixa generalizada no setor de energia. Nos EUA, o preço recuou 4,8% pra US$ 1,894 por milhão de BTUs (British Thermal Units). Como até agora o inverno que se aproxima no Hemisfério Norte foi suave, não há pressão de aumento do consumo capaz de elevar os preços.

No mercado futuro, o óleo diesel perdeu 1,6%, passando para US$ 1,1277 por galão (3,785 litros), o menor preço desde agosto de 2004. Na bomba, a gasolina está sendo vendida a US$ 2 por galão.

A maioria dos analistas ouvidos pelo jornal The Wall Street Journal espera um barril de petróleo em torno de US$ 55 em 2016 nos EUA, mas alguns preveem preços médios abaixo dos registrados em 2015.

Mais de 190 países assinaram no sábado passado um acordo para conter o aquecimento global que, na opinião dos ecologistas, obrigaria a manter 80% das reservas de petróleo, carvão e gás natural intocadas. O Acordo de Paris teve pouco impacto nos preços porque o mercado não acredita que seja rigoroso.

Os países apresentaram metas voluntárias de redução das emissões de gases que agravam o efeito estufa, que serão revisadas a cada cinco anos a partir de 2023. Não há sanções ou punições previstas para quem não cumprir as metas. É o acordo possível, ainda insuficiente.

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