segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Novos terroristas e chefe da gangue são identificados

Além do francês de origem marroquina Omar Ismael Mortefaï, apontado no sábado como um dos homens-bomba do teatro Bataclan, em Paris, mais terroristas foram identificados ontem, mas o suposto chefe do bando conseguiu escapar depois de ser detido na fronteira com a Bélgica.

Brahim Abdeslam, nascido em 1984, era o homem-bomba que se matou no Boulevard Voltaire sem ferir ninguém. Ele alugou o Seat preto usado nos ataques. Seu irmão Salah Abdeslam, de 25 anos, que alugou um Polo preto, é considerado pela polícia da França o chefe da operação.

Salah chegou a ser parado na fronteira, mas a polícia não tinha informação de que é um extremista muçulmano e ele conseguiu entrar na Bélgica, onde morava em Mollenbeck, um bairro com forte presença islamita da periferia de Bruxelas. Agora, está sendo caçado nos dois países. Um terceiro irmão que faria parte da gangue foi preso na França.

Dos três terroristas suicidas do Estádio da França, um foi identificado como Bilal Hadfi, nascido em 1995 na França, residente na Bélgica. Perto do corpo de um homem-bomba a polícia encontrou um passaporte falso sírio em nome de Ahmad al-Mohammad. Teria sudo usado para entrar na Europa pela Grécia em 3 de outubro.

Seis pessoas da família de Mortefaï foram presas.

À tarde, houve momentos de pânico na Praça da República quando alguém acreditou estar ouvindo tiros. Houve tumulto e correria, logo controlados.

Em entrevista ao vivo no telejornal das 20h na TV France 2, o ministro do Exterior, Bernard Cazeneuve advertiu que vai fechar as "mesquitas que pregam o ódio".

No canal TF1, o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy defendeu uma aliança com a Rússia e a prisão de "todos aqueles que saíram do país para fazer a jihad quando voltarem" à França e de quem "consulta sítios jihadistas", o que parece violar a liberdade de expressão.

Ontem o total de mortos na onda de terror em Paris chegou a 132.

Nesta noite, a polícia francesa realizou operações de busca e apreensão em Calais, Grenoble, Paris, Toulouse e outras cidades onde há forte presença de extremistas muçulmanos.

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