segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Rússia concentra poder aéreo para intervir na guerra civil da Síria

Com pelo menos 16 aviões de combate estacionados na base aérea Bassel Assad, perto da cidade de Latakia, a Rússia está pronta para intervir diretamente na guerra civil da Síria em apoio à ditadura de Bachar Assad. As obras na base estão em andamento e cada vez chegam mais helicópteros de combate.

No sábado passado, a Rússia tinha na base quatro caças-bombardeiros Sukhoi-30, revelam imagens de satélites dos Estados Unidos. Hoje chegaram 12 Su-25, ampliando a capacidade de lançar ataques em terra nas linhas de frente da guerra civil síria.

Desde 4 de setembro, chegaram pelo menos 15 helicópteros de combate, inclusive Mi-24s. Ao esmo tempo, foram instaladas baterias antiaéreas para proteger a base aérea, alvo de ataques com foguetes Grad do grupo extermista muçulmano Exército da Conquista, que reúne várias milícias jihadistas.

Cerca de 2 mil militares russos vão trabalhar na base, entre pilotos, tripulantes, engenheiros, mecânicos e soldados para defender o quartel.

A concentração de forças russas alarmou o governo de Israel. Durante visita a Moscou, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que o objetivo é coordenar as operações para evitar choques entre as forças de Israel e da Rússia.

Na sexta-feira, os ministros da Defesa dos Estados Unidos e da Rússia conversaram pela primeira vez em mais de um ano. Ao discursar nos próximos dias na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Vladimir Putin vai justificar a intervenção em nome do combate à milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, mas seus objetivos centrais são manter a ditadura de Assad e reforçar a presença militar no Oriente Médio.

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