quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Reino Unido muda questão do referendo sobre a União Europeia

 Sob pressão da extrema direita de seu próprio Partido Conservador e do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), o primeiro-ministro David Cameron anunciou ontem a mudança da pergunta que será feita aos eleitores britânicos sobre a permanência ou não do país na União Europeia, a ser realizado até 2017.

Em vez de responderem sim ou não à pergunta: "O Reino Unido deve continuar sendo membro da UE?", os eleitores britânicos terão como opções: "O Reino Unido deve continuar sendo membro da UE?" ou "O Reino Unido deve deixar a UE?"

A mudança foi logo aplaudida pelo líder neofascista Nigel Farage, líder do UKIP.

Como a maioria do Reino Unido é eurocética, há grande chance da saída da UE ser aprovada. Isso seria devastador para o país. De centro do maior império que o mundo já viu, encolhe politicamente com sério risco de se tornar irrelevante.

Se o país sair da UE, provavelmente a Escócia vai declarar a independência para ficar na UE. Restarão a pequena Inglaterra e o País de Gales, que também pode não querer ser governado por nacionalistas conservadores ingleses.

A provável eleição do esquerdista radical Jeremy Corbyn para líder do Partido Trabalhista, dada como certa em 13 de setembro, também vai contribuir para a decadância. É uma volta ao velho trabalhismo dos anos 1980s, quando a primeira-ministra conservadora Margaret Thatcher dominava a política britânico, que parecia superado pelo neotrabalhismo de Tony Blair, chefe de governo de 1997 a 2007.

Por ser um país multinacional, o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte conseguiu escapar do nacionalismo extremado que gerou o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália.

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