sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Parlamento do Japão aprova uso da força no exterior

Pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial, uma lei autoriza o primeiro-ministro do Japão a enviar as Forças Armadas para combate no exterior fora de missões de paz das Nações Unidas, abandonando um dispositivo central da Constituição pacifista imposta pelos Estados Unidos.

Apesar dos protestos, na manhã deste sábado pela hora local, o Parlamento japonês aprovou uma proposta do primeiro-ministro Shinzo Abe, que considera a medida necessária para o Japão voltar a ser "um país normal".

"Se pusermos o poderio da Marinha dos EUA e das forças de autodefesa marítimas do Japão lado a lado, finalmente um mais um será igual a dois", declarou Abe meses atrás em entrevista ao jornal americano The Wall Street Journal.

A medida foi adotada diante do crescente poderio militar e agressividade da China em disputas de mar territorial com os vizinhos. Permite fortalecer o papel do Japão na aliança militar com os EUA, intervir em possíveis conflitos entre as Coreias do Sul e do Norte ou agir contra o bloqueio de rotas marítimas capazes de ameaçar a segurança e o comércio exterior do país.

De acordo com o artigo 9 da Constituição de 1947, imposta durante a ocupação americana depois da Segunda Guerra Mundial, as Forças de Autodefesa do Japão só podem atuar defensivamente para proteger o território e as águas territoriais do país. Os críticos da decisão alegam que só poderia ser alterada por emenda constitucional.

Em 1992, depois de muita discussão, o Parlamento autorizou o envio de tropas japonesas ao exterior, mas só em missões de paz da ONU,

Um comentário:

Anônimo disse...

A situação já estava beirando ao ridículo; porta-aviões com designação de destroier, as Filipinas recebendo navios usados japoneses, fabricação de blindados de alta velocidade em um país montanhoso, treino com os EUA e Austrália cobrindo todo pacífico e dizer que são forças de auto-defesa!