domingo, 27 de setembro de 2015

França bombardeia Estado Islâmico na Síria pela primeira vez

A Força Aérea da França bombardeou hoje pela primeira vez posições da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante em território da Síria, anunciou em Nova York o presidente François Hollande, afirmando que um centro de treinamento foi destruído.

Durante cinco horas, seis caças-bombardeiros franceses alvejaram o acampamento do Estado Islâmico no vale do Rio Eufrates. Hollande ameaçou "realizar novos ataques, se for necessário, mas bombardeios aéreos têm impacto limitado. Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos ataca o EI há pouco mais de um ano, sem conseguir degradar e destruir a milícia, como prometeu o presidente Barack Obama.

O presidente francês justificou o ataque alegando que o Estado Islâmico representa uma ameaça de ataques terroristas na França e disse que nenhum civil inocente foi ferido. Até agora, a França tinha bombardeado o grupo apenas em território do Iraque para não dar vantagem ao ditador Bachar Assad na guerra civil da Síria. Hollande insistiu em que "o futuro da Síria não pode incluir Assad".

Amanhã, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai defender na Assembleia Geral das Nações Unidas uma aliança contra o EI que preserve o ditador sírio, Bachar Assad. Ele ficaria no poder durante um período de transição.

A Europa e os EUA exigem a saída de Assad como precondição para as negociações de paz na Síria. Putin, aliado do regime sírio, luta para preservar Assad. Nos últimos dias, concentrou 2 mil homens, aviões e helicópteros de combate numa base aérea síria para intervir diretamente na guerra civil do país

Depois de discursar na ONU, Putin se encontra com o presidente americano, Barack Obama, numa tentativa de romper o impasse que paralisou o Conselho de Segurança e impediu até agora uma ação coordenada da sociedade internacional para acabar com a guerra civil na Síria.

Mais de 250 mil pessoas foram mortas, 4 milhões fugiram do país e outras 7 milhões fugiram de casa em quatro anos e meio de conflito na Síria. Com Assad no poder, dificilmente os refugiados vão voltar.

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