quinta-feira, 27 de agosto de 2015

EUA cresceram em ritmo de 3,7% ao ano no segundo trimestre

NOVA YORK - A economia dos Estados Unidos superou a expectativa dos analistas e cresceu num ritmo de 3,7% ao ano no segundo trimestre de 2015, indicou hoje a segunda estimativa do Departamento do Comércio. Na primeira, o índice foi de 2,3%. Os economistas ouvidos pelo jornal The Wall Street Journal previam 3,3%.

O ritmo forte se deve ao aumento do investimento das empresas, do consumo pessoal e dos gastos públicos, e a uma redução nas exportações. Ao mesmo tempo, elas acumularam estoques maiores. Isso pode reduzir o crescimento na segunda metade do ano. No primeiro semestre, a expansão foi de 2,2% ao ano.

"A economia ganhou um forte impulso no segundo trimestre e todos os dados sobre a atividade e o emprego de julho sugerem que o ritmo está sendo mantido no terceiro trimestre", comentou Paul Ashworth, da empresa Capital Economics.

Aumenta a pressão sobre o Comitê do Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o comitê de política monetária do banco central dos EUA, para elevar as taxas básicas de juros da economia americana na reunião de 16 e 17 de setembro. Elas não sobem desde 2006 e estão em praticamente zero desde dezembro de 2008 para combater a crise financeiras internacional.

Antes das oscilações violentas no mercado financeiro da China, que causaram forte queda nas bolsas do mundo inteiro, a expectativa era de um pequeno aumento em setembro.

Nos últimos dias, o ex-secretário do Tesouro americano Larry Summers advertiu que "este não é o momento de aumentar juros" por causa dos temores em relação à economia chinesa, a segunda maior do mundo e principal motor do crescimento mundial na última década. Ontem, o delegado regional do Fed em Nova York declarou que o banco está "menos compelido" a elevar os juros.

Com a forte expansão nos EUA, as autoridades monetárias têm um motivo para elevar os juros. A terceira estimativa do produto interno bruto do segundo trimestre será anunciada em 25 de setembro.

No momento, a Bolsa de Nova York opera em alta de 1,9%. Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 5,34%.

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