sexta-feira, 19 de junho de 2015

Mais de um quarto dos argentinos vive na miséria, diz Igreja

De cada quatro argentinos, um é pobre, afirmou a cúpula da Igreja Católica dias depois que a presidente Cristina Kirchner declarou que o total de pobres está abaixo de 5% dos 42,5 milhões de habitantes do país.

Em entrevista de rádio, o arcebispo de Santa Fé, José María Arancedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos da Argentina (CNBA) citou a mais recente pesquisa da Universidade Católica Argentina para dizer que o índice de pobreza está em 27,5%.

O arcebispo não contestou a alegação de Cristina numa conferência da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) realizada em Roma. A presidente disse que a entidade, no momento dirigida por um brasileiro indicado pelos governos petistas, reconheceu os esforços da Argentina para combater a fome.

Dom José María Arancedo foi direto: "Os pobres são seres humanos e isso torna a pobreza uma questão evangélica. Argumentar sobre números e detalhes é se afastar das pessoas em necessidade."

O engenheiro e economista José Graziano da Silva era coordenador do fracassado programa Fome Zero, substituído em 2004 pela Bolsa-Família, que garante uma renda mínima para famílias pobres que mandarem seus filhos para a escola, antes de ser indicado diretor-geral da FAO.

Ao premiar a Venezuela pelo combate à fome no momento em que o país enfrenta uma série crise de debastecimento de produtos básicos causada pelas políticas irresponsáveis do regime chavista e seu "socialismo do século 21", a FAO politiza e desmoraliza suas análises. Defende o indefensável fascismo venezuelano.

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