quinta-feira, 28 de maio de 2015

França tenta ressuscitar negociações entre Israel e os palestinos

Em mais uma tentativa de salvar o moribundo processo de paz no Oriente Médio, o ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, viaja no mês que vem para o Egito, Israel e os territórios árabes ocupados, noticiou hoje a agência Reuters. O objetivo é ressuscitar a proposta de dois países, Israel e a Palestina, convivendo lado a lado.

A diplomacia francesa já negocia com a Liga Árabe a elaboração de uma resolução a ser apresentada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas estabelecendo um cronograma para o processo de paz. Diante da declaração do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu às vésperas das eleições israelenses de que jamais permitiria a criação de um Estado Nacional palestino, os Estados Unidos podem não usar seu poder de veto para proteger Israel.

O processo de paz está estagnado desde a guerra de Israel contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza. Antes disso, quando o Hamas se reconciliou com a Fatah (Luta), partido do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Netanyahu já havia descartado qualquer possibilidade de acordo, sob a alegação de seu líder, Mohamed Abbas, estava mais interessado num acordo com o Hamas do que com Israel.

Diante do sequestro e morte de três adolescentes palestinos na Cisjordânia ocupada, em junho de 2014, o governo linha-dura israelense aproveitou a oportunidade para iniciar uma nova guerra contra o Hamas. As ações deste grupo na Faixa de Gaza levaram à tese de que, se Israel se retirar da Cisjordânia, como fez em Gaza, sofrerá ainda mais ataques de radicais palestinos.

Depois de uma surpreendente vitória nas eleições de 17 de março de 2015, Netanyahu formou governo com o ultradireitista Naftali Bennett, que quer simplesmente anexar a Cisjordânia, ignorando o povo palestino.

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