quarta-feira, 11 de março de 2015

Maduro pede mais poderes para enfrentar "ameaça imperialista"

Sob o pretexto de se defender de uma "ameaça imperialista" depois que o presidente Barack Obama decretou sanções contra sete altos funcionários da Venezuela acusados de violar os direitos humanos, o presidente Nicolás Maduro pediu ontem à Assembleia Nacional que aprove uma "lei habilitante" para governar por decreto.

A medida é totalmente desnecessária porque o governo tem uma maioria dócil no parlamento. É mais uma etapa no endurecimento de um regime político falido que colocou um país que nada em petróleo numa situação econômica crítica, com a maior inflação do mundo, de 70% ao ano, e desabastecimento de produtos básicos, de leite, carne e farinha a medicamentos, fraldas e até papel higiênico.

Em vez de mudar a política econômica fracassado, Maduro, herdeiro do finado caudilho Hugo Chávez, aumenta a repressão a seus adversários políticos. O período de duração deste estado de exceção será definido pela Assembleia Nacional. Em 2013, foi de um ano.

Diante da impopularidade de Maduro, que conta com apenas 20% de aprovação, a ameaça externa pode ser uma boa desculpa para adiar as eleições parlamentares previstas para este ano.

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