domingo, 29 de março de 2015

Egito anuncia criação de força militar conjunta árabe

Diante do que chamou de "ameaças sem precedentes", no fim de uma reunião de cúpula de dois dias da Liga Árabe realizada em Charm al-Cheikh para discutir a guerra civil no Iêmen, o ditador do Egito, marechal Abdel Fattah al-Sissi, anunciou a formação de um exército árabe unido como uma força de reação rápida para enfrentar problemas de segurança no Oriente Médio, noticiou hoje a televisão pública britânica BBC.

O exército árabe unido terá 40 mil soldados de elite, aviões, navios de guerra e veículos de combate e de transporte de tropas, acrescentaram oficiais egípcios. É improvável que todos os 22 países árabes contribuam. A participação será voluntária. Serão necessários alguns meses para organizar a força conjunta.

A Liga Árabe não esclareceu se a força será usada no Iêmen, onde a Arábia Saudita lidera uma intervenção militar de 10 países contra os rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã. Decidiu manter a intervenção até que "os rebeldes se retirem e entreguem as armas".

"O Iêmen está à beira do abismo, exigindo ações árabes e internacionais efetivs depois que todos os meios para atingir uma solução pacífica para acabar com o golpe huti e restaurar a legitimidade", declarou o comunicado final da Liga Árabe.

Apesar da ofensiva huti, da intervenção saudita e do fechamento de vários portos, as exportações de gás natural liquefeito continuam. A Marinha saudita, que resgatou diplomatas estrangeiros no porto de Áden, está escoltando os navios-tanques. A companhia petrolífera francesa Total fechou o escritório na capital, Saná, ocupada desde setembro pelos hutis, mas declarou que suas operações não foram afetadas.

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