segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Primeiro-ministro pede intervenção internacional na Líbia

O primeiro-ministro do governo da Líbia reconhecido internacionalmente, Abdala al-Thani, pediu hoje uma intervenção internacional das potências ocidentais com bombardeios aéreos contra as milícias extremistas muçulmanas que dominam Trípoli, a capital do país.

Horas depois de um ataque aéreo do Egito contra posições do Estado Islâmico em Darná, o primeiro-ministro declarou que a rede terrorista Al Caeda e o Estado Islâmico estão presentes na capital líbia e na localidade próxima de Ben Jawad.

Al-Thani e o governo reconhecido internacionalmente fugiram da capital desde que as milícias jihadistas da aliança Amanhecer da Líbia tomaram Trípoli, em agosto de 2014. Essas milícias negam qualquer relação formal com Al Caeda, mas professam a mesma ideologia.

As grandes potências ocidentais da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Estados Unidos, França e Reino Unido, intervieram militarmente na Líbia em março de 2011 com bombardeios aéreos para impedir as forças leais do ditador Muamar Kadafi de massacrar a revolta popular em Bengázi, a segunda maior cidade líbia. Kadafi caiu em agosto daquele ano e foi assassinado.

Desde então, a Líbia vive em estado de anarquia, com as milícias que derrubaram o ditador disputando o poder. Não houve intervenção de uma missão internacional de paz das Nações Unidas para ajudar a reconstruir as instituições destroçadas pelo personalismo da ditadura de Kadafi, que desconfiava de tudo e de todos.

No ano passado, as forças aéreas do Egito e dos Emirados Árabes Unidos (EAU) bombardearam posições das milícias jihadistas, sem assumir a responsabilidade. Agora, depois do massacre de 21 cristãos coptas egípcios degolados pelo Estado Islâmico, o governo egípcio anunciou hoje ter feito dois ataques em território líbio.

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