segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Cartunista sueco visado por terroristas vai para a clandestinidade

O cartunista sueco Lars Vilks, alvo do ataque terrorista contra um debate sobre liberdade de expressão no sábado passado em Copenhague, a capital da Dinamarca, declarou hoje à televisão americana CNN que vai para a clandestinidade.

"É inaceitável que pessoas que cometem esse tipo de ataque contra a liberdade de expressão fiquem soltas", desabafou Vilks. Ele está na lista negra da rede terrorista Al Caeda desde 2006, quando fez uma caricatura do profeta Maomé como um cachorro.

O debate em Copenhague discutia o impacto sobre a liberdade de expressão do atentado terrorista que matou 12 pessoas no jornal satírico francês Charlie Hebdo em 7 de janeiro de 2015. Dez horas depois de atacar o café onde se realizava a discussão, matando o cineasta dinamarquês Finn Norgaard, o suspeito, identificado como Omar el-Hussein, matou um segurança judeu e feriu dois policiais diante da sinagoga central de Copenhague.

Diante de mais um atentado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convidou mais uma vez os judeus europeus a emigrar para Israel: "Os judeus estão sendo mortos na Europa pelo simples fato de serem judeus."

Vários rabinos da Dinamarca protestaram: os judeus devem emigrar para Israel porque querem viver lá e não fugindo de ameaças terroristas. A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, prometeu garantir a segurança dos judeus no país.

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