terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Reação ao terrorismo aumenta popularidade do governo da França

A reação aos atentados terroristas de 7 a 9 de janeiro de 2015 melhorou a popularidade do governo socialista da França, abalado pela estagnação econômica. A aprovação ao presidente François Hollande subiu dez pontos para 31%, enquanto o primeiro-ministro Manuel Valls ganhou oito pontos e chegou a 53%, indica pesquisa do instituto Odoxa divulgada hoje.

Pela análise do instituto, a popularidade de Hollande parou de subir. Seu avanço teria sido resultado da grande Marcha Republicana que reuniu mais de 1,5 milhão de pessoas em Paris em 11 de janeiro. Passado o efeito, não cresceu mais.

Em 7 de janeiro, os irmãos Saïd e Chérif Kouachi metralharam a redação do jornal satírico Charlie Hebdo, matando 11 pessoas e um policial que tentou interceptar sua fuga, em vingança pela publicação de caricaturas do profeta Maomé. No dia seguinte, outro extremista muçulmano, Amédy Coulibaly, matou uma policial na periferia de Paris.

Em 9 de janeiro, enquanto os irmãos Kouachi eram encurrados numa gráfica ao norte da capital, Coulibaly ocupou um supermercado de comida judaica em Paris, e matou quatro judeus antes de ser morto pela polícia.

Num primeiro momento, havia expectativa de um fortalecimento da extrema direita, que não pode ser descartado. Mas as propostas da Frente Nacional para combater o terrorismo não agradam muito nem trazem nada de novo: pena de morte, deixar a União Europeia e restringir a imigração.

Os partidos tradicionais podem ganhar com respostas mais equilibradas.

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