quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Obama faz discurso de esquerda em desafio à oposição

No seu sexto Discurso sobre o Estado da União, o presidente Barack Obama elogiou a recuperarão da economia dos Estados Unidos, pediu autorização ao Congresso para a guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, defendeu a neutralidade da Internet, declarou que "nenhum ciberpirata pode ser capaz de derrubar nossas redes ou roubar nossos segredos", criticou a Rússia, propôs aumentos de impostos para os ricos e para os bancos para financiar reduções e mais benefícios sociais para a classe média, e apontou o aquecimento global como "a maior ameaça às futuras gerações".

Obama festejou a recuperação, a "criação de 11 milhões de empregos", o crescimento econômico em ritmo de 5% ao ano, a alta nas bolsas de valores e o aumento do número de americanos que têm seguro-saúde: "A crise passou e o Estado da União é forte", afirmou este presidente pela primeira vez.

Em política interna, o presidente se colocou à esquerda, em confronto direto com o Congresso, hoje dominado pela oposição republicana na Câmara e no Senado, que rejeita aumentos de impostos por princípio. Obama tenta encurralar politicamente os conservadores tendo em vista as eleições de 2016.

O presidente defendeu melhores salários, auxílio por afastamento do trabalho por motivo de doença, licença-maternidade, creches para os filhos dos trabalhadores, universidades públicas gratuitas e redução das dívidas já contraídas por estudantes.

Ao defender sua política externa "inteligente", ele usou como exemplo a intervenção militar contra o Estado Islâmico, em que os EUA se limitam a bombardeios aéreos enquanto guerrilheiros curdos e o Exército do Iraque travam os combates em terra. Mais uma vez, prometeu "degradar e destruir" a milícia extremista.

"Os EUA vão continuar a caça terroristas e desmantelar sua redes", reiterou o presidente. Em outro momento, observou: "Os EUA permanecem fortes e unidos com seus aliados, enquanto a Rússia está isolada e sua economia em ruínas."

Depois de criticar o boicote econômico a Cuba, "quando algo não funciona há mais de 50 anos é melhor tentar algo diferente", Obama pediu ao Congresso que aprove o fim do embargo à ilha.

Leia aqui o texto do discurso distribuído pela Casa Branca.

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