sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Jihadista americano planejava atacar o Congresso dos EUA

Agentes da Força-Tarefa Conjunta de Combate ao Terrorismo do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, prenderam na quarta-feira, 14 de janeiro de 2015, Christopher Cornell. Ele saía de uma loja de armas do Sul do estado de Ohio depois de comprar dois fuzis semiautomáticos e 600 cartuchos de munição para atacar o Congresso dos EUA.

De acordo como inquérito policial, Cornell, rebatizado como Rahil Mahrus Ubaydah ao se converter ao islamismo, conspirou com um informante do FBI para planejar um assalto ao Capitólio, em Washington, em nome do Estado Islâmico.

É mais um dos chamados inimigos internos, jovens de países ocidentais convertidos ao Islã e radicalizados nas redes sociais da Internet que acabam atacando seus próprios governos e concidadãos.

Sua defesa vai alegar que ele foi vítima de uma armação, de um flagrante forjado pelo FBI, mas o risco que o jihadista americano representa é enorme. Se tivesse agido sozinho ou em aliança com um verdadeiro cúmplice e não com um informante da polícia, Cornell poderia ter realizado um ataque semelhante ao feito contra o Parlamento do Canadá em 22 de outubro de 2014.

Apesar de suas limitações, os chamados lobos solitários podem causar grandes estragos, matar pessoas e paralisar a vida de grandes cidades. É fácil planejar um ataque com bombas e fuzis automáticos. É difícil penetrar num alvo superprotegido como o Capitólio, a sede do Congresso dos EUA, mas basta tentar e matar para receber a atenção dos meios de comunicação.

A ameaça do jihadismo existe dos lados do Oceano Atlântico, mas os muçulmanos dos EUA são muito mais integrados à sociedade americana. Na Europa, a maioria é pobre, enfrenta altos índices de desemprego, vive em subúrbios decadentes da periferia das grandes cidade e sente-se discriminada. Estas áreas, onde a criminalidade é maior, são terreno fértil para o recrutamento de jihadistas como os responsáveis pelo ataque ao jornal francês Charlie Hebdo. As prisões se tornaram locais importante de doutrinação extremista.

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