segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Israel pressiona Congresso dos EUA a cortar ajuda a palestinos

O governo de Israel quer usar a guinada à direita do Congresso dos Estados Unidos, onde a oposição conservadora tem agora maioria na Câmara e no Senado, para suspender a ajuda anual de US$ 400 milhões à Autoridade Nacional Palestina (ANP) em retaliação porque os palestinos pediram associação ao Tribunal Penal Internacional (TPI), informa o jornal liberal israelense Haaretz.

Pelo mesmo motivo, Israel congelou a transferência à ANP do dinheiro arrecadado em impostos dos palestinos em dezembro de 2014, cerca de US$ 127 milhões.

A lei aprovada no mês passado pelo Congresso dos EUA estipula que não será dada nenhuma ajuda econômica, se "os palestinos denunciarem Israel no TPI ou apoiarem ativamente um inquérito que submeta cidadãos israelenses a investigações por supostos crimes contra palestinos".

No domingo, o primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu prometeu uma resposta dura, acusando a ANP de uma nova confrontação com Israel.

Desde que a ANP chegou a um acordo com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) para formar um governo de união nacional, há um movimento no Congresso dos EUA para cortar a ajuda aos palestinos.

Por isso, a lei de ajuda prevê o fechamento do escritório da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Washington por três meses, se a Palestina se tornar membro das Nações Unidas ou de qualquer de suas agências. O escritório poderia ser reaberto depois de três meses, se a ANP retomar as negociações diretas com Israel, estagnadas diante da intransigência do governo israelense em congelar a colonização dos territórios árabes ocupados.

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