quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Hoje nas bancas: a volta do Charlie Hebdo.

Uma edição especial de 3 milhões de exemplares, em vez dos 60 mil que tirava antes, marca a volta
às bancas do jornal semanal humorístico francês Charlie Hebdo, uma semana depois de ser alvo de um ataque terrorista de extremistas islâmicos que deixou 12 mortos, em 7 de janeiro de 2015.

Na capa, mais uma vez, desafiando os assassinos e seus Kalachnikovs, mais uma caricatura do profeta Maomé, chorando, com um cartaz "Je Suis Charlie", sob o título: "Tudo é perdoado."

A imprensa da França colaborou para manter vivo o Charlie, editado e impresso na sede do jornal de esquerda Libération. Ambos são filhos da Revolução de Maio de 68, quando era "proibido proibir". Tentam manter o espírito libertário atropelado pela globalização econômica.

O autor do desenho da capa, que assina Luz, chorou na entrevista coletiva de lançamento da edição histórica. O Charlie Hebdo virou um símbolo da luta contra a opressão, o obscurantismo e a barbárie. Nada justifica metralhar uma redação de jornal.

Ao voltar às bancas, Charlie Hebdo mostra que o lápis é mais poderoso do que os Kalachnikovs.

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