quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Governo rebelde da Líbia boicota negociação de paz

O Congresso Nacional Geral da Líbia não vai participar das negociações de paz convocadas pelas Nações Unidas, que deveriam começar hoje em Genebra, na Suíça, confirmou um de seus deputados, Abdul Kadir Ahoila. O governo rebelde líbio ficou de enviar um memorando ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, à União Europeia e à Liga Árabe explicando sua posição.

Os rebeldes islamitas rejeitam o governo líbio reconhecido internacionalmente, liderado pelo primeiro-ministro Abdullah al-Thani, que fugiu para Tobruk, no Leste do país, desde que a aliança de várias milícias islamitas conhecida como Amanhecer da Líbia, tomou o poder em Trípoli.

Essa aliança advertiu que não aceitará nenhum acordo negociado sem a participação do governo rebelde. O CNG foi eleito depois da queda da ditadura de Muamar Kadafi, em 2011, para formar um governo provisório. Um novo parlamento foi eleito em agosto de 2014, mas as milícias islamitas repudiaram o resultado e reempossaram o antigo Congresso para dar legitimidade ao governo rebelde.

Como nenhum dos lados parece capaz de ganhar a guerra no campo de batalha e não se cogita uma intervenção internacional, as negociações de paz de Genebra são a melhor esperança de paz na Líbia, que vive em estado de anarquia desde o fim da ditadura.

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