quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

François Hollande convoca a França à união pela democracia

Em pronunciamento ao vivo pela televisão horas depois de um atentado contra um jornal humorístico que deixou 11 mortos em Paris, o presidente François Hollande convocou os franceses a se unirem em torno dos ideias da democracia e da liberdade de expressão, prometeu uma mobilização do governo contra o terrorismo e decretou um dia de luto nacional amanhã.

A França entrou em estado de alerta total contra o terrorismo. Militares estão patrulhando estações de trem. Entre outras medidas, o estacionamento diante das escolas foi proibido.

Na Dinamarca, a polícia reforçou a proteção ao jornal Jyllands Posten, o primeiro a atrair a ira dos muçulmanos por publicas caricaturas do profeta Maomé.

Todos os líderes de partidos políticos franceses deram apoio ao presidente. O ex-presidente Nicolas Sarkozy, que sonha com uma volta ao poder, exigiu "medidas duras contra o terrorismo", enquanto a líder da Frente Nacional, de extrema direita, adotou um tom moderado pedindo que "não se confundam os muçulmanos que adotaram nossos valores sociais com esses assassinos".

Para Jean-Luc Mélenchon, ex-candidato a presidente da Frente de Esquerda, foi um atentado contra a civilização. Menos exaltado, o centrista François Bayrou, descreveu o ato como "um ataque a nossos valores".

"É uma declaração de guerra à França, onde 5 milhões de muçulmanos vivem e trabalham", lamentou Amar Lasfar, reitor da Mesquita de Lille, na TV France 2, prometendo convocar manifestações de protesto contra o terrorismo.

Além de participar da guerra aérea liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, a França enviou soldados à África para combater milícias extremistas muçulmanas no Mali, no Níger e na República Centro-Africana.

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