segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

França põe 15 mil soldados e policiais nas ruas contra o terror

A França mobilizou 10,5 mil soldados e 5 mil policiais para proteger "lugares sensíveis" que possam ser alvos de atentados terroristas, anunciou hoje o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, ao sair de uma reunião com o presidente François Hollande no Palácio do Eliseu, em Paris, depois dos ataques de extremistas muçulmanos que mataram 17 pessoas na semana.

Além de aeroportos, portos, estações de trem e do metrô, atrações turísticas, meios de comunicaçãoeventos esportivos e outros locais de aglomeração de pessoas, serão vigiadas 717 escolas e locais de culto judaicos, e também os locais de culto muçulmano. Nos últimos dias, houve pelo menos 27 ataques a mesquitas e organizações islâmicas.

A onda de terror começou na quarta-feira, 7 de janeiro de 2015, quando os irmãos franceses de origem argeliana Chérif e Saïd Kouachi invadiram a sede do jornal humorístico Charlie Hebdo, em Paris, que havia publicado caricaturas consideradas ofensivas ao profeta Maomé, e mataram 12 pessoas.

Na quinta-feira, uma policial foi morta em Montrouge, na periferia sul de Paris. No dia seguinte, os terroristas do Charlie Hebdo foram cercados e mortos numa gráfica em Dammartin-en-Goële, enquanto Amedy Coulibaly, responsável pela morte da policial, invadiu um supermercado de comida judaica na capital francesa e matou quatro reféns antes de ser morto pela polícia.

Ontem, cerca 3,7 milhões de pessoas e 40 líderes nacionais participaram de grandes manifestações de repúdio ao terrorismo, em defesa da democracia e da liberdade.

Nenhum comentário: