segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Barril de petróleo cai a menos de US$ 50 nos EUA

Pela primeira vez desde maio de 2009, o barril de petróleo do tipo West Texas Intermediate foi vendido abaixo de US$ 50 hoje na Bolsa Mercantil de Nova York. No momento, a cotação subiu um pouco para US$ 50,19, com queda de mais de 4% no dia.

Na Bolsa de Mercadorias de Londres, o petróleo do tipo Brent caiu hoje abaixo de US$ 55 o barril.

Os preços do petróleo caíram pela metade ano passado, puxados pela estagnação da economia mundial e o aumento da oferta, especialmente nos EUA, onde cresce a exploração de óleo e gás natural extraídos do xisto betuminoso. O Iraque também aumentou a produção e a Líbia fez o mesmo, até um conflito que ameaça se tornar uma guerra civil levou a ataques aos terminais de exportação.

Em 30 de dezembro de 2014, o governo dos EUA voltou a autorizar a exportação de petróleo, suspensa desde a crise provocada pelo embargo à venda de petróleo árabe aos aliados de Israel depois da Guerra do Yom Kippur, em 1973.

Antes do chamado primeiro choque petroleiro, a maioria das áreas exploradas hoje, como o Mar do Norte e a plataforma continental brasileira, era economicamente inviável. A baixa cotação diminui a rentabilidade dos produtores. As reservas do pré-sal, por exemplo, tem um custo de exploração estimado em US$ 60 a US$ 75.

A Arábia Saudita e seus aliados no Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico e na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), como Kuwait, Catar e Emirados Árabes Unidos, os únicos países exportadores em condições de aumentar a produção, perdem receita, mas se beneficiam ao defender sua fatia do mercado. Já os exportadores altamente dependentes do petróleo, como Venezuela, Irã, Argélia, Nigéria e Rússia, enfrentam uma séria crise.

Com a queda nos preços do petróleo e a ameaça de uma nova crise na Grécia, as bolsas de valores caíram no mundo inteiro.

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