segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Grécia não elege presidente e antecipa eleições legislativas

Na terceira votação, o Parlamento da Grécia não conseguiu hoje eleger um novo presidente para o país. Cai a ampla coalizão de governo entre conservadores e socialistas liderada pelo primeiro-ministro Antonis Samaras, forçando a realização de eleições parlamentares em 25 de janeiro de 2015, um ano e meio antes do previsto. A Bolsa de Atenas caiu 11% sob o impacto de notícia.

O partido favorito é a Coligação de Esquerda Radical (Syriza), favorável à renegociação dos acordos firmados com a troika formada pela União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em pesquisa divulgada no sábado, a Syriza receberia 28,5% dos votos contra 25% para a Nova Democracia, do atual primeiro-ministro.

Samaras apostou na candidatura do ex-comissário europeu Stavros Dimas. Na terceira votação, ele precisava de 180 votos, de três quintos dos 300 deputados gregos. Teve 168. Assim, meio sem querer,  o primeiro-ministro voltou a jogar a Grécia na pior crise econômica de sua história recente.

A Grécia voltou a crescer depois de seis anos. No auge da crise, esteve sob séria ameaça de ser obrigada a deixar a união monetária europeia e a própria UE. A depressão econômica e o desemprego estarão no centro da campanha eleitoral. A crise do euro está de volta.

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