domingo, 19 de outubro de 2014

Ucrânia demite 17 mil funcionários em Donetsk e Luhansk

O Ministério do Interior da Ucrânia demitiu 17 mil funcionários públicos das províncias de Donetsk e Luhansk, sob as acusações de "traição e irresponsabilidade" por ficarem ao lado dos rebeldes apoiados pela Rússia que tentam anexar o Leste ucraniano à Federação Russa.

Com uma lei sancionada em 9 de outubro de 2014, o presidente Petro Porochenko iniciou um expurgo dos funcionários do antigo governo de Viktor Yanukovich. O ex-presidente renunciou em 22 de fevereiro, em meio a uma revolta popular, depois de abandonar, em novembro de 2013, sob pressão da Rússia, negociações de associação à União Europeia.

A guerra movida por Porochenko sem sucesso para tentar retomar os territórios ocupados pelos rebeldes apoiados pelo Kremlin e o expurgo acentuam a divisão na sociedade ucraniana, que tem uma grande população étnica, linguística e culturalmente russa.

Na semana passada, Porochenko esteve com o presidente russo, Vladimir Putin, num encontro da União Europeia, mas não houve maior avanço. O homem-forte da Rússia deu um chá de banco na chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, e ampliou as sanções a produtos ocidentais, incluindo vários tipos de alimentos.

Em seu projeto de resgatar pelo menos parte do poder imperial soviético, Putin recusa-se a aceitar a independência da Ucrânia. A radicalização em Kiev joga a seu favor.

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