sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Sábios do islamismo denunciam Estado Islâmico

Mais de 120 eruditos muçulmanos do mundo inteiro divulgaram ontem uma carta aberta a Abu Bakr al-Baghdadi, líder da milícia extremista e autoproclamado califa do Estado Islâmico, denunciando as práticas terroristas do grupo como anti-islâmicas.

Os sábios do Islã advertem que "é proibido editar fatwas [decretos religiosos] sem ter os conhecimentos necessários" como "definido nos textos clássicos. Também é proibido citar um trecho ou um versículo do Corão para justificar uma decisão sem examinar tudo o que o Corão e o Hadith dizem sobre a matéria."

Também é proibido pelo islamismo "tomar decisões legais sobre qualquer matéria sem dominar a língua árabe", "simplificar demais a char'ia [direito corânico] e ignorar as ciências e a jurisprudência muçulmanas", "ignorar a realidade contemporânea na tomada de decisões legais", "matar inocentes", "matar emissários, embaixadores e diplomatas, inclusive jornalistas e trabalhadores que dão ajuda humanitária", "declarar que alguém não é muçulmano, a não ser que a pessoa se declare infiel", "machucar ou maltratar cristãos e outros povos das escrituras", "não considerar os yazidis um povo das escrituras", "reintroduzir a escravidão", "forçar as pessoas a ser converter", "negar direitos às mulheres e às crianças", "aplicar punições legais sem procedimentos corretos que garantam piedade e justiça", "a tortura", "a profanação dos mortos", "atribuir atos demoníacos a Alá", "insurreição armada, a não ser que o governante seja infiel e impeça o povo de orar", e "proclamar um califado sem o consenso de todos os muçulmanos".

A guerra santa (jihad), acrescentam, "é uma guerra defensiva. Não é permissível sem uma causa justa, um propósito adequado e regras de conduta corretas".

Um comentário:

Ana Deiro. disse...

Esperemos que as palavras dos sábios sirvam como advertência para os simpatizantes. Quanto aos fanáticos do ES, creio que a religião não passa de desculpa para justificar a carnificina e a barbárie.