quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Diretora do FMI é investigada por fraude na França

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, é alvo de uma investigação criminal por negligência num escândalo de corrupção do tempo em que era ministra das Finanças da França, no governo Nicolas Sarkozy.

É a quarta vez que Lagarde é intimida a depor. Ela alega que a acusação não tem base e promete recorrer a um tribunal superior.

O inquérito examina um acordo de arbitragem que beneficiou o empresário Bernard Tapie. Em 2008, ele ganhou 400 milhões de euros, sendo 45 milhões por "danos morais", para encerrar uma disputa com o banco Crédit Lyonnais relativa à venda da empresa de equipamentos esportivos Adidas.

Agora, a Justiça da França quer esclarecer se a decisão foi um "simulacro" de arbitragem arranjado pelo governo da época para beneficiar um dos grandes patrocinadores da campanha presidencial de Sarkozy, que governou o país de 2007 a 2012.

Em 2011, Lagarde substituiu na direção do FMI outro francês, Dominique Strauss-Kahn, que pediu demissão em meio a um escândalo sexual, depois de ser acusado de atacar uma camareira num hotel de Nova York, alegação que se mostrou falsa, mas foi suficiente para enterrar sua candidatura à Presidência da França pelo Partido Socialista.

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