sábado, 24 de maio de 2014

Jihadistas usam sequestro para extorquir dinheiro na Síria

Entre o grande número de milícias rebeldes lutando contra a ditadura de Bachar Assad na Síria com diferentes ideologias e interpretações do Corão, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante está usando a extorsão mediante sequestro como forma de arrecadar dinheiro para sua guerra santa.

O EIIL foi desautorizado pelo chefe supremo da rede terrorista Al Caeda (A Base), o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, que aponta a Frente al-Nusra como verdadeira representante d'al Caeda na guerra civil da Síria. Mas segue uma ideologia salafista e jihadista radical que condiciona suas táticas, modo de governar e metas de longo prazo.

Seu objetivo é criar um grande Estado Islâmico incluindo o Iraque, o Líbano e a Síria, num Oriente Médio onde não haveria lugar para Israel.

Em 19 de abril de 2014, uma patrulha do Exército da Turquia encontrou quatro jornalistas franceses vendados e com as mãos amarradas na fronteira com a Síria. Eles haviam sido sequestrados em junho de 2013 pelo EIIL. Embora o ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, negue, um resgate de US$ 18 milhões teria sido pago pelos repórteres.

Durante a ocupação do Iraque pelos Estados Unidos, especialmente em 2004 e 2005, a rede Al Caeda cobrava de US$ 5 milhões a US$ 15 milhões por refém ocidental. Também fazia exigências inaceitáveis como a retirada total das forças e empresas estrangeiras do Iraque e executou alguns reféns decapitando-os a facadas em vídeos divulgados na Internet como atos heroicos.

Ao praticar a extorsão mediante sequestro, o EIIL, com muitos iraquianos, segue o padrão do país na era pós-Saddam Hussein.

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