sexta-feira, 25 de abril de 2014

Portugal festeja 40 anos da Revolução dos Cravos

No aniversário de 40 anos da Revolução dos Cravos, que acabou com o fascismo e o colonialismo em Portugal, o presidente conservador Aníbal Cavaco Silva fez um apelo à união nacional: "É difícil compreender que numa democracia consolidada agentes políticos responsáveis não consigam alcançar entendimentos sobre questões essenciais."

Durante sessão solene na Assembleia da República, o presidente acrescentou: "Sempre que estivemos unidos, estivemos mais próximos dos ideiais de abril. Não é por acaso que o espírito de compromisso e de entendimento entre as diferentes forças políticas está na base das regras do sistema democrático consagradas na nossa Constituição."

Mas o líder do Partido Socialista, o maior da oposição, deputado António José Seguro, advertiu que o Estado do bem-estar social criado pela revolução de 25 de abril de 1974 "está ameaçado" pela profunda crise econômica que abala Portugal desde 2011. O desemprego chegou a 17,5% em fevereiro de 2013. Em 1º de abril de 2014, estava em 15,3%, informa o Banco Central Europeu.

"Se em abril [de 1974] tínhamos um amigo em cada esquia, hoje temos duas pessoas sem trabalho", declarou o deputado José Luís Ferreira, do partido ecologista Os Verdes. Já o líder comunista, Jerónimo de Sousa, entende que, "mesmo quando tudo parece ameaçado e perdido, é na luta que temos a convicção inabalável de que nada está perdido para todo o sempre, de que é possível um país melhor."

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