quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Venezuela reduz acusações a líder da oposição preso

Durante a audiência de apresentação à Justiça da Venezuela do líder oposicionista Leopoldo López, as acusações de terrorismo e assassinato foram retiradas, informou hoje seu advogado. O ex-prefeito de Chacao será denunciado por incêndio criminoso e incitação à violência.

López rompeu nos últimos dias com a estratégia de dialogar com o governo chavista adotada pelo candidato derrotado nas duas últimas duas eleições presidenciais, Henrique Capriles.

A Venezuela vive uma crise econômica sem precedentes para um país riquíssimo em petróleo, com inflação de 56% ao ano, desabastecimento de um quarto dos produtos normalmente encontrados em supermercados, inclusive açúcar, carne, leite e papel higiênico, e um dos maiores índices de homicídios do mundo.

Com as mortes de mais duas mulheres, subiu para seis o total de mortos no conflito nas ruas da Venezuela. Ontem, a Miss Turismo do estado de Carabobo, Génesis Carmona, foi baleada por milicianos chavistas que passaram de moto e atiraram contra um protesto da oposição na cidade de Valência. Outra mulher morreu quando a ambulância que a socorria ficou parada no meio de uma manifestação contra o governo.

O maior problema do regime é que Hugo Chávez foi um caudilho tão dominante e avassalador que nenhuma outra liderança floresceu sob seu comando. Nicolás Maduro, o sucessor indicado por Chávez e Fidel Castro, não tem o carisma nem a inteligência nem o talento político do comandante.

Desde o afastamento de Chávez, em dezembro de 2012, e sua morte em 5 de março de 2013, a Venezuela é governada por um colegiado. A rivalidade entre Maduro e o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, companheiro da Chávez no fracasso golpe militar de 1992, é cada vez mais evidente.

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