quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Cinco pessoas morrem em protestos na Ucrânia

Pelo menos cinco pessoas morreram no quarto dia seguido de protestos na Ucrânia contra uma nova lei que proíbe manifestações públicas. Quatro homens foram mortos a tiros pela polícia e outro ao cair de um lugar alto.

O presidente Viktor Yanukovitch recebeu um grupo de oposicionistas, mas não há perspectiva de solução rápida da crise. O primeiro-ministro Mikola Azarov acusou a oposição de levar "terroristas" para as manifestações e de "ações criminosas" ao convocar os protestos.

A oposição exige a dissolução do Parlamento e a antecipação da eleição presidencial. O movimento de protesto começou há dois meses, quando o governo ucraniano abandonou negociações de livre comércio com a União Europeia, sob pressão da Rússia. Como depende economicamente, entre outras coisas, do gás russo, a Ucrânia cedeu, mas parte da população ficou inconformada.

Entre a oposição liberal pró-europeia, a sensação é que a Europa poderia ter feito mais política economicamente para atrair a Ucrânia. Como houve apenas críticas diplomáticas, sem a adoção de sanções ou outras medidas práticas de retaliação, só restou à oposição ucraniana ocupar a Praça da Independência, em Kiev. A alternativa é voltar para casa e esperar a eleição presidencial de 2015.

Depois de dois meses, havia uma certa fadiga de manifestações quando o governo aprovou, na semana passada, uma lei proibindo protestos não autorizados, sob pena de multa equivalente a R$ 670. Foi suficiente para a multidão voltar às ruas.

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