sábado, 9 de novembro de 2013

Ministros vão à Genebra por acordo nuclear com Irã

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, John Kerry, interrompeu ontem uma visita ao Oriente Médio e foi para Genebra, na Suíça, para participar das negociações para desarmar o programa nuclear do Irã. Os ministros do Exterior da França, Laurent Fabius, e do Reino Unido, William Hague, fizeram o mesmo. Hoje, o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, vai se juntar a eles.

A expectativa é de que seja feito um acordo preliminar entre as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) para suspender temporariamente as sanções à república islâmica. Em troca, o Irã pararia de enriquecer urânio acima de 3,5%, o teor necessário para geração de energia elétrica em reatores nucleares.

Este acordo preliminar, a ser fiscalizado através de um sistema de inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), daria tempo para uma negociação de fundo.

Quem reagiu duramente foi o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, denunciando o que considera um "mau acordo para a sociedade internacional". Na sua opinião, "o Irã conseguiu tudo o que queria, o fim das sanções e continuar enriquecendo urânio, em troca de nada".

Sob pressão de seu maior aliado no Oriente Médio, o secretário de Estado americano chegou a Genebra fazendo questão de deixar claro que "ainda não houve acordo".

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