sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Obama fala com Rouhani e diz acreditar em acordo

Em entrevista coletiva há pouco na Casa Branca, o presidente Barack Obama revelou ter falado ao telefone durante 15 minutos com o novo presidente do Irã, Hassan Rouhani, reiterando a posição dos Estados Unidos. Obama fez a ressalva de que não há garantia de sucesso nesse diálogo, mas declarou acreditar que é possível um acordo para impedir que o programa nuclear iraniano desenvolva armas atômicas.

Durante sua primeira visita aos Estados Unidos, para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas, já que os dois países não mantém relações diplomáticas há 34 anos, Rouhani afirmou que o Irã não intenção de fabricar armas atômicas e não negou o Holocausto dos judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.

Rouhani presentou-se como um líder pragmático, confiável e aberto ao diálogo, ao contrário de seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad, que ameaçava varrer Israel mapa, o que só pode ser feito com armas nucleares.

O diálogo direto está aberto. Na essência, as posições ainda são muito distantes. Os EUA e a Europa exigem que o Irã pare de enriquecer urânio e abra suas instalações sem restrições a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O Irã insiste em que não está fazendo a bomba, mas tem direito de desenvolver tecnologia nuclear para fins pacíficos, nos termos do Tratado de Não Proliferação Nuclear.

Desta vez, com o cerco imposto pelas sanções à economia iraniana, o presidente tem o aval do Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, que é quem manda de fato na República Islâmica do Irã.

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