terça-feira, 17 de setembro de 2013

Dilma joga para a plateia ao esnobar Obama

Em protesto contra a espionagem, a presidente Dilma Rousseff acaba de confirmar que cancelou a visita de Estado que faria aos Estados Unidos na viagem que fará para fazer o discurso inaugural da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 24 de setembro de 2013. É uma jogada eleitoreira.

Dilma precisaria ser muito ingênua para não saber que a espionagem faz parte das relações internacionais há séculos. Espiona quem pode, que tem capacidade tecnológica para descobrir segregos políticos, militares e econômica.

A Alemanha e o México também não gostaram da revelação da megaespionagem americana, mas não fizeram o mesmo estardalhaço, o que indica que os marqueteiros do Planalto pretendem explorar eleitoralmente o duelo com os EUA.

De resto, como comentou um diplomata brasileiro, "o mundo de Dilma é o Brasil". A presidente não tem a menor noção do que acontece lá fora e de seu impacto sobre o país.

Ao mesmo tempo em que esnoba os EUA, em vez de aproveitar a oportunidade para obter concessões em assuntos de interesse do Brasil, o governo prepara bondades para agradar o companheiro Evo Morales, insatisfeito com a fuga espetacular o senador Roger Pinto Molina, acusado de vários crimes na Bolívia.

Sob Morales, a Bolívia expropriou, invadiu e ocupou militarmente a Petrobrás na Bolívia. Por causa do asilo oferecido ao senador na Embaixada do Brasil em La Paz, revistou o avião do ministro Celso Amorim e se negou a dar o salvo-conduto previsto na legislação internacional sobre asilo político.

Quem violou mais a soberania brasileira: a Bolívia ou os EUA? Os dois casos mostram claramente de que lado o governo brasileiro quer ficar, da demagogia e do populismo.

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