sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Obama tenta justificar espionagem

Numa tentativa de justificar o gigantesco programa dos Estados Unidos de espionagem via Internet chamado Prisma, o presidente Barack Obama prometeu trabalhar com o Congresso reformar a Lei Patriótica em torno do programa de monitoramento telefônico. Obama afirmou que o conteúdo das ligações não é ouvido sem autorização da Justiça, só a lista de quem ligou para quem.

O presidente dos EUA ficou de reforçar a vigilância do Congresso sobre os programas de espionagem. Também ficou de aumentar a transparência dessas atividades, o que não dá para acreditar muito, já que o segredo é essencial às atividades dos serviços secretos.

"Hoje temos que monitorar as redes de comunicação dos terroristas enquanto mantemos a confiança da população de que essas informações não são usadas de maneira abusiva", declarou Obama numa entrevista coletiva em andamento agora em Washington. "Todos esses passos visam a assegurar o povo americano e o resto do mundo. Os americanos não estão interessados em espionar outros povos, só em proteger nossa segurança nacional e nossos aliados".

Obama admitiu que os EUA tem hoje uma extraordinária capacidade de espionar a vida das pessoas dentro e fora do país. Ele disse que quem defende as liberdades civis também age patrioticamente, mas excluiu o ex-técnico subcontratado pela Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden, acusando-o de colocar soldados e cidadãos americanos em risco.

"Houve tensão entre a Rússia e os EUA desde o fim da União Soviética", comentou o presidente americano ao falar da suspensão do encontro que teria em Moscou com o presidente Vladimir Putin, cancelado porque a o governo russo deu asilo a Snowden. "Tentamos encorajá-lo a se mover para a frente em vez de olhar para trás. A Guerra Fria acabou. Não penso em boicotar a Olimpía de Inverno. Os atletas americanos estão se preparando. Quanto à discriminação de gays e lésbicas na Rússia, talvez a Olimpíada ajude a mostrar que é um erro. Suas equipes certamente serão mais fracas sem gays e lésbicas".

Voltando a discutir a espionagem, Obama insistiu em que o governo não está "abusando realmente" dos direitos e da privacidade dos cidadãos e defendeu a manutenção de alguns programa de vigilância do cidadão para combater o terrorismo.

Agora, o presidente americano está criticando a postura intransigente da oposição republicana, que ameaça paralisar a máquina pública federal dos EUA mais uma vez, negando ao presidente autorização para vender títulos públicos e assim elevar o teto da dívida.

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