quinta-feira, 29 de agosto de 2013

EUA cresceram em ritmo de 2,5% ao ano de abril a junho

A economia dos Estados Unidos cresceu no segundo trimestre de 2013 num ritmo de 2,5% ao ano, bem mais do que o 1,7% anunciado no mês passado e mais do que o dobro do 1,1% ao ano registrado no primeiro trimestre, informou hoje o Departamento do Comércio.

O resultado melhor foi atribuído ao aumento das exportações e declínio das importações, e ao crescimento do emprego, que compensaram os cortes nos gastos públicos para reduzir o déficit orçamentário, de 0,9% em relação ao trimestre anterior e de 1,6% na comparação anual.

Outros dois setores importantes, habitação e investimentos das empresas, apresentaram números robustos. A construção de casas avançou 12,9% na comparação anual. Foi o quarto trimestre consecutivo com crescimento de dois dígitos. O investimento das empresas subiu 16,1% em um ano.

O consumo privado, responsável por 70% do produto interno bruto dos EUA, se expandiu 1,8% em relação ao trimestre anterior, desacelerando-se em contraste com os 2,3% do primeiro trimestre deste ano.

Com a recuperação da economia, a Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, tem mais uma razão para decidir quando começa a desativar o programa de compra de títulos no mercado financeiro no valor de US$ 85 bilhões por mês, aumentando a quantidade de dinheiro em circulação. O anúncio pode vir na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto, em setembro.

Para o economista Paul Ashworth, da empresa Capital Economics, a decisão vai depender do relatório sobre o emprego em agosto, a ser divulgado na próxima semana. Ele prevê um crescimento de 2,5% ao ano no terceiro trimestre e ainda maior no quarto, se a Casa Branca e o Congresso chegarem a um acordo para elevar o teto da dívida pública dos EUA, que deve atingir o atual limite, de US$ 16,7 trilhões, em meados de outubro.

Outro complicador é o esperado bombardeio dos EUA e aliados à Síria para punir o ditador Bachar Assad pelo uso de armas químicas contra os rebeldes na guerra civil do país, que matou mais de 100 mil pessoas em dois anos e meio. Os preços do petróleo estão em alta.

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