sábado, 10 de agosto de 2013

Atentados matam 85 pessoas no Iraque

Uma onda de atentados contra alvos xiitas matou pelo menos 85 pessoas hoje no Iraque, no feriado do Eid, que marca o fim do sagrado mês do Ramadã, que neste ano foi o mais violento desde o auge do conflito sectário entre sunitas e xiitas, entre 2006 e o início de 2008.

A situação melhorou com o aumento do número de soldados da força de ocupação dos Estados Unidos ordenado pelo então presidente americano George W. Bush no início de 2007.

Desde a retirada das tropas americanas, em 2011, a rede terrorista Al Caeda, sunita, intensificou os ataques contra alvos xiitas, com o objetivo de deflagrar uma guerra civil entre os dois grandes ramos do islamismo. A decisão do primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki de acusar líderes sunitas de "terrorismo" só agravou a tensão, reduzindo as condições para uma solução pacífica.

Com a guerra civil na vizinha Síria, onde vários grupos sunitas lutam contra a ditadura liderada pelo minoria alauíta, uma das correntes do xiismo, a violência aumentou. Neste mês do Ramadã, o terror ceifou centenas de vidas, aprofundando a crise permanente em que vive o Iraque desde a invasão americana, em 2003, não que a vida sob a ditadura de Saddam Hussein fosse aceitável.

Pior do que uma ditadura, que é uma guerra civil de um governo contra seu próprio povo, é um estado de anarquia, sem lei, segurança e autoridade, que é uma guerra de todos contra todos.

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